Capítulo I
Estou com baixa estima. Pode parecer modinha ou viadagem, mas sei lá, tenho andado chafurdando demais na bebida e na comida. Agora quando me olho no espelho, tapo um olho e tento não descer a "vistoria" até o umbigo. Dobras intensas de gordura me desmotivam a querer bancar o atleta que já não sou, mas pensando bem: quando é que eu fui um atleta?
Bom, pelo menos ainda não contenho seios. Homem com seios é a coisa mais ridícula que há. Pior que homem com seios é cara de sunga na praia. Ou então, pêlos saindo para fora do nariz.
Deixa pra lá a sessão "Coisas Ridículas".
O fato é que estou me maltratando direto. Arruinando meu sorriso com uma ferrugem monótona e nem um pouco divertida. Bundando pra vida enquanto a vida lá fora corre apressada.
Sei lá se é esse ópio costumeiro que está me azedando, mas o negócio é que não estou afim de virar bolor. Tenho muita coisa para fazer. O meu cérebro sabe que posso fazer, os músculos frouxos é que não respondem.
Pelo instinto de sobrevivência, eu sei que logo vai passar essa tormenta. Então cansarei de pão com manteiga, novelinha e filme locado. Cansarei de acordar com a sensação de estar perdendo o tempo, a nota, o compasso.
Preciso urgentemente quebrar os meus espelhos e correr perigo.
Sei lá, o que sei é que não quero virar bolor, ainda não... ainda temos muito finais de semana para sobrevivermos.
Capítulo II
Recorri no final de semana a alguns filmes de horror dos anos 60 e 70. Rever filmes que marcaram a infância e a adolescência é mais que um vício nostálgico, é a certeza de que já tivemos boas sessões de filmes nas madrugadas da TV Globo e Bandeirantes nos anos 80 e começo dos 90.
Quem lembra do corujão e da sessão de gala? Pois bem, naquela época passavam clássicos e obscuridades de terror, suspense e demais gêneros.
Produções como Encurralado (1971), um marco por ser o primeiro filme de Spilberg ( e um dos poucos filmes do diretor que eu aprecio); Dança com Vampiros (Polanski 1967); Abominável Dr. Phibes (1971); Quadrilha de Sádicos (1977), etc.O que comprova a precariedade da televisão aberta nos dias de hoje. Quem gosta de assistir filmes e programas de TV na madrugada e não assina TV a cabo, tem mais é que relembrar, e relembrar...
Ou seja, o negócio é o povão gargalhar com a sessão comédia promovida pelos programas pentecostais, que além de exibirem a "má fé" explícita com as classes menos favorecidas, mostra um país caricato, entregue nas mãos dos novos mandarins da comunicação brasileira: pastores "biliardários" com poderes quase "divinos" e muita canastrice para divertir quem ainda não se pegou no desespero de untar água e preces para tirar na Mega Sena.
Depois da compra do Correio do Povo, não será tão assustador se outros veículos de comunicação ficarem nas mãos
dos pastores "super poderosos". Cruzes! Sai pra lá Bode Preto!!!Última conclusão:
Capítulo III
Pra terminar: estou acabado fisicamente, mas até que sobrevivi a pasmaceira do final de semana.
Capítulo III
Pra terminar: estou acabado fisicamente, mas até que sobrevivi a pasmaceira do final de semana.
Um comentário:
Calma veiga. Se é pra virar bolor pelo menos que seja um cogumelozinho né.
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